terça-feira, 30 de junho de 2009
Dois degraus
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Aquarela
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Tá chegando
quinta-feira, 25 de junho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
Caçula
sexta-feira, 19 de junho de 2009
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Limão com açúcar
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Era uma vez
terça-feira, 16 de junho de 2009
Para sempre
Alerto o motorista, já estamos chegando. Vou entrar novamente na sua casa. Você não me espera. Ou talvez. Para mim, será um susto. Não pensava em voltar aqui. Eu queria. Mas nosso último contato me tirou qualquer possibilidade. Não achava que você me amasse. Mas acreditava que era possível. Você deixou bem claro. Nunca. Recuei humilhada. Catei minhas lágrimas e levei para outro lugar. Longe. Eu ia morrer. Seu desprezo me acordou. Melhor viver com essa chaga. Melhor viver. Tratei de ter filhos. De outros. Usei meu amor em novas pessoas. Parti minha alma em pedaços e me reconstrui. Abstraí suas teorias. Abortei sua memória. Esqueci você.
Foi por isso que quando o telefone tocou eu disse quem? A pessoa repetiu seu nome e eu disse não conheço, nunca vi. Então, ouvi em outra voz as suas palavras. Cuide-se. Estão endereçadas a você, ela disse. Seu rosto me encarou com a mesma ordem daquela última vez: Cuide-se. Foi o que eu fiz.
Diferente de você. Que agora só tem a mim. Mesmo depois de vencido o seu tempo. Quando não fará mal a mais ninguém. Talvez aos vermes.
(livremente inspirado no trabalho de Sophie Calle)
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Tarde demais
A tristeza é nunca ter sido mais do que um enfeite. Um mal necessário na sua vida, a personificação do que você precisava ter, mas não queria. Mesmo assim, não pedi nada. Não exigi meus direitos. Violentei meus próprios desejos para dar vazão aos seus. Fui além da minha própria fé. E você nunca acreditou em mim. Hoje abro mão de você.