quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Vento de cruzeiro
De onde tirar a força que te cabe quando falta apoio, aquele calço necessário para te colocar no prumo de novo, não que uma marola não tire tudo do lugar, mas que pelo menos te permita enxergar um céu sem nuvens e saber enfim quais são as opções, ainda que seja difícil decidir, mesmo com a ajuda dos universitários. Um telefonema e tudo se perderia. Ou virava o jogo de vez.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Esse ano não vai ser igual àquele que passou
Não pretendo seguir o baticum. Não vou rodar a baiana, tampouco vestir alguma fantasia, sequer me contaminar com purpurinas. Meu palco estará apagado, fechado para balanço. Vou atrás dos afagos da mãe, do sol, das origens. O samba pode vir, sabendo que não tenho obrigação nenhuma com ele.
Meu rio vai passar pelo mar. Minha avenida.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Fevereiro de 1996
A chuva não interrompe meu delírio, continuo embalada pelos tambores, os integrantes dançam quase em transe com suas roupas típicas, bebidas alucinógenas passam de mão em mão, todos repetem as músicas como se fossem hinos, tudo parte de um ritual que eu não entendo, mas participo, estou ali mais de corpo do que de alma, uma experiência intensa que mal sabia eu naquele momento que nunca mais repetiria.
Carnaval em Salvador é para os bravos.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Sonho de hoje
Minhas palavras não passam de linhas mal desenhadas na página de um falso moleskine. Quando eu crescer, levo tinta para uma parede branca e faço meu texto voar.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Homo Erectus
Não posso deixar de comentar e de ficar muito orgulhosa com essa animação produzida pelo meu lindo marido Rodrigo Burdman, em cima de um conto do querido amigo Marcelino Freire, com a narração do mega-pop ator Paulo César Peréio. Todo mundo tem que ver. É gênio.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Descoberta
Expectativas são, na verdade, esperanças disfarçadas de racionalidade. Só um pouco menos autênticas.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Atar
Amarrar os braços no som dos assovios pode ser uma experiência sem precedentes. Não estou aqui para isso. A idade me trouxe a prudência e a sabedoria que nos estaciona numa caixa de ovos. Se viajo é com a certeza de que chego em algum lugar. Nunca fui capaz de estar em dois ao mesmo tempo.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Cavalos não comem à mesa
Olhando para o espelho do teto agradeço aos céus. Foi bom enquanto durou. Mas o sangue já frio começa a se transformar numa pasta desagradável. É hora de ir. Deixar o que não me pertence mais. Eu já não pertenço a ninguém.
Pensando bem, melhor levar a faca.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Lição do dia
Aprendi que desabafo é como um filme ruim: chato, longo, sem nexo e proporciona uma felicidade egoísta ao seu autor.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Prêmio Dardos!
Com muita honra (de verdade), recebi a indicação da Luciana Miranda Pennah para receber o selo Prêmio Dardos. Luciana já é uma amiga querida e uma ídola no fluxo do seu texto. Como escreve bem a danada. Seu blog Sorriso de Medusa é hoje o que um dia esse aqui quer ser.
De acordo com as regras, devo indicar 15 blogs para o mesmo prêmio e exibir o selo aqui. Este prêmio “reconhece os valores que cada blogueiro mostra cada dia em seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais etc., que, em suma, demonstram sua criatividade por meio do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras”. Cada ganhador deve indicar 15 blogs e avisar seus indicados. Abaixo indico os meus:
Cansaço
- Hoje tô meio assim...
- Por que?
- Sei lá, perdi a fé na humanidade.
- Cruzes! Que houve?
- Meu estepe foi roubado.
- Onde?
- Não tenho muita certeza, mas parece que foi num estacionamento.
- Caramba! E o que você vai fazer?
- O sujeito ficou de ver as câmeras de segurança.
- E se não der pra ver?
- Sei lá...
- Que droga! Esse tipo de coisa é sempre uma chateação.
- Pois é, eu sempre prefiro falar sobre outros assuntos, mas hoje...
- Como o que, por exemplo?
- Como a conversa que eu tive com uns amigos, bem na véspera, sobre sotaques.
- E você acha esse assunto legal?
- Acabo de me tocar que tinha tudo a ver com o tema.
- Como assim?
- Uma amiga que é pernambucana perguntou a um paulistano se ele fala 'peneu' ou 'pneu'.
- Hum. E daí?
- Daí que ele disse que não importa, porque toda vez que ele fala isso é que tá fudido.
- Faz sentido.
- É porque o pneu furou, ou tá careca e ele tem que comprar um novo...
- Será que foi uma premonição?
- Talvez. Só sei que fiquei meio assim...
- Bom, hoje você vai saber o final da história.
- Prometo contar depois.
P.S.: baseado em fatos reais.
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