quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Croupiê
Mais uma noite de trabalho. Cigarro por toda a parte. Quem é que vai fiscalizar um cassino clandestino? Meu olho arde, tenho uma bruta tosse, mas tá cada vez mais difícil conseguir trabalho. Preciso do dinheiro. É duro ver esse bando de otários perdendo tanto. Ninguém se importa. A velha é que me deixa semper umas fichas. Mesmo quando não ganha. Faz tempo que ela não aparece. O mês fica mais magro sem ela. Duro é aguentar o apertão na minha bunda. Tudo bem, vale o preço. Ela anda doidinha para me levar para casa. Não ia ser mal tirar uma grana dela e ainda dar umazinha, pelos velhos tempos. Mas adio sempre. Vai ver, ela se cansou de esperar e resolveu procurar outro. Só em imaginar a velha sem roupa, acontece comigo um efeito viagra ao contrário. Nunca tive esse problema, comia o que aparecesse. Mas o corpo já não responde como antes. Ela não sabe. Estou velho.
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