- Depois dessa, é claro.
- Eu não queria que fosse assim.
- Você me deixou sem escolha.
- Foi você quem começou.
- Chega de discussão. Não aguento mais isso.
- Gosto de ir até o fim da questão.
- Isso é insuportável.
- Como você é injusto!
- É verdade. No início, tudo é lindo. Uma felicidade só.
- Você está me chamando de duas caras?
- Eu só tô dizendo que você mudou. Só isso.
- Então eu sou falsa?
- Eu não te chamei de nada, para de colocar palavras na minha boca.
- O que você quer dizer com isso?
- Que foi por causa disso que a gente terminou.
- Você está dizendo que a culpa foi minha.
- Eu não vou entrar nessa de novo. Chega.
- Eu sabia. Você não é capaz de enxergar seus próprios defeitos.
- Mais essa agora…
- Aí põe a culpa no outro. Transferência de responsabilidade.
- E já vem com diagnóstico.
- Não deboche. O seu problema é sério.
- Eu sei. É por isso que estou me livrando dele agora. Adeus.
- Se você não resolver isso, nunca vai ter uma relação de verdade. Eu posso te ajudar.
- Imagino. Olha, sem mágoas, vai. Agora me deixa ir embora.
- Você vai me ligar que eu sei.
- Melhor não ficar esperando.
- Um dia você vai perceber que eu estou certa. Eu sempre estou.
- Você já disse isso.
- E vai me procurar implorando.
- Tá bom. Agora solta o meu pé pra eu fechar a porta do carro?
Um comentário:
Hahaha, adorei o final.
Beijos,
Tiago
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